Hoje, excepcionalmente, vou publicar dois posts. O primeiro "Reflexões sobre amor na cidade luz" estava na minha cabeça há tempos e na boa: nem sei se ficou lá grande coisa, no entanto queria publicá-lo... Mas esse novo post vai ser publicado por dois motivos. O primeiro é que ele é um pedido do meu novo amigo Leonardo Félix (pidão, você, heim, Léo!...rs), que está fazendo aniversário hoje e o segundo, intimamente ligado ao primeiro, é que falar sobre o aniversário do Léo é um pontapé para falar de amizades, que aqui se constroem muito mais rapidamente, visto que a carência é um "trem que pega"
A gente é jogado nessa cidade toda cosmopolita e cheia de coisa para se fazer, mas no fundo, somos um grupo de solitários que, depois de encher a cara de vinho barato (e muito bom, diga-se de passagem), chega em casa e dorme sozinho, bêbado e de ressaca e cai em depressão pós-alcool. Mas somos surpreendidos constantemente e por essas coisas das vida, isso que chamamos de coincidência, de fado, de destino, de acaso - deem o nome que quiserem - faz com que encontremos pessoas que possuem a mesma vibe da gente, porque, me desculpem aqueles que não concordam comigo, mas definitivamente, em se tratando de amor e amizade, os opostos não se atraem.Fizemos, desse modo, nosso pequeno clan parisien, formado por mim, Rosangela Luft, Letícia Pontual, Sandra Garrido e Louise Rosseti, Gabriel Dalmasso, Leonardo Félix, Thiago Fraga e muitos outros que foram se aproximando por conta do amigo de um amigo que indicou a pessoa porque ela era legal.
É aí que entra Léo, marido de Sandra, amiga que conheci num dia de compras em Chatelêt (très chic, non?). Bom, como todos bons baianos (e eu sou filho de uma), Sandra e Léo são simpatícissimos e engraçados. Não sei se eles são ligados a isso, mas pra mim Léo deve ser filho de Ogum ou de Xangô por conta da expressividade, já Sandra com aquele seu jeitinho de falar deve ser filha de Oxum, que sabe o que quer e como as águas dos rios sabe contornar dificuldades. Quando eles contam as histórias de suas viagens, eu relembro aulas sobre perspectivas narrativas, porque cada um tem a sua versão da história e elas são sempre engraçadas Como todos bom brasileiros (e acho que os baianos nisso se superam) eles integram a gente no grupo, a ponto de acharmos que os conhecemos a décadas (conheço Sandra há somente dois meses e Léo há poucas semanas) e isso faz de nossa estada aqui, longe dos amigos e familiares que ficaram do outro lado do Atlântico, muita mais leve e feliz.
Então aproveito essa oportunidade para desejar a Léo, feliz aniversário e, também, brindar as amizades que fiz aqui na figura desse casal de baianos arretados e queridos. Logo mais a noite, saimos pra comemorar: como sempre álcool será um dos companheiros inseparáveis, mas a melhor companhia será, sem dúvida, a celebração da amizade: daquelas que se fizeram aqui, daquelas que são mantidas lá do outro lado do mundo, num lugar bem quente chamado Brasil.
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